Coronavírus muda rotina de família auriflamense que vive na Itália

Coronavírus muda rotina de família auriflamense que vive na Itália
Família de Auriflama chegou ao país europeu no final do ano passado
450Shares

Vivendo na Itália desde o final do ano passado, além do frio, da distância do país natal, da comida e da língua, os auriflamenses Ederson Mascia, 35 anos, e Elisandra Isbaex, 33, agora convivem com outra dificuldade: o surto de coronavírus. O país é o lugar da Europa com mais casos da doença: mais de 200 pessoas doentes e 6 mortas.

Curta o Diário Noroeste no Facebook 

Nos últimos dias, autoridades italianas adotaram diversas medidas, como quarentenas, cancelamento a rodada do campeonato local de futebol, dentre outras ações. No país, cerca de 50 mil pessoas não podem entrar ou sair de diversas cidades nas regiões de Veneto e Lombardia nas próximas duas semanas, salvo com autorizações especiais.

É neste cenário que atualmente vivem o casal com sua família na cidade Porto Mantovano, na província de Mântua, na região de Lombardia.

Ao Diário Noroeste, com exclusividade, eles falaram sobre como estão sendo os últimos dias na Itália.

“A situação é bastante fora do normal. Os governantes suspenderam os ajuntamentos, pois não querem aglomerações. Não podemos ir nas reuniões da igreja, as escolas estão fechadas, cinemas, bares, restaurantes, cafeterias e até os parques também não podem ser frequentados”, explica Elisandra.

“Vivemos em uma região com casos confirmados e alguns suspeitos. Por medida de prevenção, a rotina foi mudada até o próximo domingo”, completa.

Jornais e emissoras de TV’s italianas informam que tanto a polícia quanto as Forças Armadas têm autoridade para garantir que as medidas sejam respeitadas. 

Precaução

Com a rotina fora de casa praticamente restrita, os suprimentos passam ser uma preocupação. “O pessoal está levando muito a sério esta questão do abastecimento. Nos supermercados, as pessoas estão comprando muita água, macarrão, dentre outros produtos, mas eles estão sendo repostos só não sabemos até quando”, detalha Ederson.

“Os italianos são bem precavidos, apesar de tudo, pois já enfrentaram situações de guerras, desastres naturais, mas estamos tranquilos e confiando em Deus que todo este momento irá passar o mais rápido possível”, afirma.

Vírus deixa o planeta em alerta

Epicentro do surto, a China ainda concentra o maior número de diagnósticos confirmados, mas outros países começaram a registrar picos da doença e, por extensão, enfrentar dificuldades para contê-la.

Em alerta máximo, a Coreia do Sul é o segundo lugar com mais diagnósticos confirmados (763), seguida da Itália, com 157. O Irã é o segundo país com mais mortes: 8.

Até agora, 2.619 pessoas morreram em decorrência do Covid-19, que surgiu em dezembro na província chinesa de Hubei. Segundo o estudo mais amplo já feito sobre a nova doença, a taxa de mortalidade dela gira em torno de 2% (ou seja, ela mata 2 a cada 100 pessoas infectadas).

Siga o Diário Noroeste no Instagram

A falta de conexão clara entre casos ao redor do mundo e a China ampliaram os temores da Organização Mundial da Saúde de uma eventual perda de controle do surto.

Leia mais notícias da região em Diário Noroeste.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *