Crônica: Lá vem o Totô…
Texto assinado por Miguel Tadeu Guimarães de Campos

Auriflama é com certeza uma cidade peculiar. Sim, porque pelo tamanho que é e pelos personagens que tem, não posso concluir outra coisa.
Eu poderia citar aqui e agora uns dez nomes que, tenho certeza, não é qualquer cidade que tem.
O Totô, por exemplo, era ou não era um personagem peculiar da cidade?
Além daquele jeito meio louco dele, tinha o lado amigo, parceiro e corajoso. E daquele tamaizim…
Além de outras estripulias, o lado corajoso dele se mostrou quando ele começou a saltar de paraquedas.
Eu mesmo vi vários saltos.
Dia de festa na cidade ou na região, lá estava o avião dos paraquedistas, Totô, Amiltom e outros…
E era legal porque o locutor montava toda a cena com as palavras até a sua chegada. Era emocionante.
Falava, falava e frisava: – lá vem o Totô…
Falava, falava, falava e: – lá vem o Totô…
Numa dessas festas, o locutor começou com o “lá vem o Totô” e dali a pouco mudou o tempo verbo.
Falou, falou, falou e: – “lá vaiiiiii…. o Totô…”
Aquele dia o Totô caiu num pé de goiabeira, lá no meio do pasto….
Minha homenagem a esse “pequeno grande” homem de Auriflama.

- Miguel Tadeu Guimarães de Campos, 56 anos, promotor de Justiça em Campinas-SP