Crônica: O jeito auriflamense de ser

Crônica: O jeito auriflamense de ser
Texto assinado por Marco Antônio Barbosa Neves
136Shares

Não sou nato, mas me considero e, há muito tempo mudamos, eu e minha família, para essa terra ardente, que sempre inflama o lado bom das pessoas!

         Cidade de jeito agradável, bem localizada, típica de cidade de interior.

         Lá, pessoas cuidam de pessoas, amigos visitam amigos e famílias se reúnem à volta da mesa até hoje!

         Ah…saudades!

         Jeito de viver, que é o sonho de consumo de muitos. E como eu sei disso!

         Fui criado nessa humilde, porém maravilhosa cidade, onde me casei e formei minha família! Meus dois filhos, nossos orgulhos, nasceram nesta amada terra.

         Quanta saudade do campo e do mato, da vida em comunidade, das tardes de domingo na praça da Matriz.

         Não me canso de recordar as reuniões da “turma de amigos”, cada qual com sua marca e seu “grito de guerra” que, de guerra não tinha nada. Na verdade revestiam-se de um misto de força e alegria, rivalizando-se apenas em razão de fazer algo de bom pela comunidade.

         Se tinha futebol? Como não! Era um dos orgulhos de crianças e de marmanjos!

         De tão produtiva, por certo que essa Terra Querida também contribuiu e revelou craques, para o engrandecimento do renomado e pentacampeão “esporte bretão” nacional.

         Ah, minha Querida Auriflama!

         Não tenho palavras para agradecer por tudo, sob os Auspícios do Nosso Criador, você me proporcionou!

         Minha família, meus amigos, minha estrutura, em fim, o conhecimento das alegrias, vicissitudes e agruras vida, mesmo não sendo nato, a ti devo muito.

         Se “Deus escreve certo por linhas tortas”, certamente Ele reservou a mim uma grata surpresa, a Quem agradeço a cada dia de minha vida, qual seja: “ser Auriflamense, mesmo não sendo nato”!

         O Jeito Auriflamense de ser, por certo tem de tudo um pouco, aliás de cada região desse imenso “Brasilzão de meu deus”… tem do norte, sul, nordeste e centro-oeste.

Tem raízes em tudo que é canto, o que por certo qualifica o modo de vida de sua gente.

         Não poderia encerrar sem pedir licença ao parafrasear o poeta Carlos Drummond de Andrade, em sua obra “Ser Mineiro”.

         -“Ser auriflamense…

– é gostar do que é correto, sem deixar de se afeiçoar ao justo,

– é estar com um olho no peixe e outro no gato,

– é gostar do que é simples, sem se distanciar do que é belo,

– é gostar do campo e da natureza, não se esquecendo da cidade,

– é não dizer o que vai fazer, mas o fazendo será bem feito,

– enfim, é ser cidadão do interior, mas com know-how de cidade grande.”

Com muito orgulho e fé, também sou um auriflamense de corpo e de alma!

É isso aí!

  • Marco Antônio Barbosa Neves, 56 anos,  casado, advogado, residente em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, onde reside e trabalha desde 1994

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *