Crônica: O mais importante da vida

Crônica: O mais importante da vida
Texto assinado por Marco Antônio Barbosa Neves
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Existem coisas na vida da gente que, às vezes, por não serem tão marcantes no nosso dia-a-dia, nem percebemos!

Quantas coisas que, efetivamente e quase que, diariamente, fazem parte de nossa vida cotidiana e, nem ao menos apreciamos ou atribuímos o devido valor.

Assim por certo perdemos tempo em “fazer coisas” que, num primeiro momento “parecem as melhores da vida” e, para nossa surpresa e, daqui há pouco vemos que na verdade, simplesmente passam em nossas vidas.

A competição desenfreada para ser melhor, ter o melhor e fazer melhor, de fato, por vezes nos colocam cada vez mais prá baixo, principalmente quando percebemos que, nem sempre somos, fazemos, temos ou buscamos o que é melhor para nossas vidas!

Outro dia falava com um grande amigo. Aliás esse termo “grande” pode representar um universo de situações em nossas vidas. Grande amor, grande vitória, grande saudade, e por aí vamos.

Nessa conversa com esse meu amigo, expus alguns pontos de vista meus que, até então pensava estarem de acordo com o “melhor da vida”, tanto para mim, como também para os outros. Confesso que errei feio!

Papo vai, papo vem, a conversa tomou um rumo inesperado, quando me vi envolvido em uma rede de situações, as quais se inseriram em momentos marcantes de minha vida, fosse ao lado de minha família, meus amigos, colegas de faculdade, de trabalho.

Pude perceber que, mesmo com toda a experiência que achava que possuía, nem sempre pude reparar, nos dias de minha existência, naquilo que realmente era de fato “o mais importante”.

Nossa vida é feita de momentos, os quais são como um filme, dividindo-se em capítulos os quais escrevemos diuturnamente. Ao acordarmos pela manhã, para mais um dia, devemos ter em mente que, sob os auspícios Daquele que rege nossas vidas, nós faremos a diferença entre definir se queremos um dia bom ou não!

Voltando àquela conversa com esse grande amigo, escutei uma das frases que, de uma forma ou de outra, me fez refletir sobre o que é, de fato, o mais importante da vida. Dizia ele:

– nós temos que deixar de sermos menos egocêntricos. Disse ele.

– Egocêntricos? – Como assim?? Retruquei.

– É. Concluiu ele:

– Pensamos que somos os mais importantes em diversas situações e, se esta não nos agrada, mudamos de humor da água pro vinho!

– Se não conseguimos o melhor, em um disputa, em um concurso, em situações cotidianas as quais, se não saímos vitoriosos, por certo esse dia não terá sido um dia bom.

Mas de toda a conversa, o que me marcou foi quando ele me disse a seguinte frase:

– Nos esquecemos que, a nossa vida também tem “prazo de validade” e, o que é realmente o mais importante não é o que temos, conquistamos ou adquirimos materialmente falando, mas certamente o que fizermos de bom a qualquer pessoa, próximas ou não de nós!

E arrematou:

– E não se esqueça meu grande amigo: “caixão não tem gaveta!”

É isso aí!

  • Marco Antônio Barbosa Neves, 56 anos,  casado, advogado, residente em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, onde reside e trabalha desde 1994

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